quarta-feira, maio 31, 2006
terça-feira, maio 23, 2006
[ Meus _Pés_ Carregam o Silêncio ]
A cada passo __ __ __
Insegurança.
Um jogo do
Eu dono do meu,
Sujeito a você.
Mas a cada
_M_O_M_E_N_T_O_
Venço a cartada
Final __ __ __
Insegurança.
Um jogo do
Eu dono do meu,
Sujeito a você.
Mas a cada
_M_O_M_E_N_T_O_
Venço a cartada
Final __ __ __
sexta-feira, maio 05, 2006
Sobre___Vida
Vida é mesmo coisa muito frágil. Eu já sabia. Sempre soube. Os momentos também. Já o corpo, a matéria viva-quente, a carne inconsciente, esta sim é que é forte; luta sem saber a causa, tenta manter-se viva a qualquer custo. No decorrer do dia, por exemplo...onde os momentos são quebrados a cada instante... Espero o ônibus, tem aquele sol característico, o pensamente um pouco distante, uma certa urgência de não sei ao certo...tudo bastante normal, mas aí ouço a batida, vejo o menino rodar no ar de meio-dia e quarenta e cair torto, cheio de sangue, quase que morto. O susto, o meu controle, o telefonema, as pessoas chegando, os comentários, o desespero, o tempo escorrendo pelos poros, a urgência, o corpo forte, mas a vida frágil. O meu choro.
O meu dia acabado não é nada, as preocupações tornam-se até vergonhosas frente ao atropelamento. Nunca vou me esquecer do corpo, um corpinho de 10 ou 11 anos, ali contraindo-se todo, tentando se reorganizar sem saber a causa, lutando.
Sempre soube da fragilidade da vida e dos momentos. Meus almoços em família por exemplo. Foram raras as vezes em que a garganta não fechava e descia uma forte vontade de chorar. Certa vez, sentindo que eu não daria conta de segurar, comecei a dizer algo, contei uma piada, para despistar. Na metade dela estava eu desabado em lágrimas. Ninguém entendeu. As pessoas em geral não compreendem. Almoçar em família para mim, ainda mais se for em silêncio, é muito difícil. Frágil momento apenas. Não se pode explicar isso, nem mesmo o que leva um jovem ter de ser atropelado antes do almoço. Talvez a comida daquele dia estivesse intoxicada. Vai saber o que é pior, não é?
Só sei que vida é mesmo coisa muito frágil.
O meu dia acabado não é nada, as preocupações tornam-se até vergonhosas frente ao atropelamento. Nunca vou me esquecer do corpo, um corpinho de 10 ou 11 anos, ali contraindo-se todo, tentando se reorganizar sem saber a causa, lutando.
Sempre soube da fragilidade da vida e dos momentos. Meus almoços em família por exemplo. Foram raras as vezes em que a garganta não fechava e descia uma forte vontade de chorar. Certa vez, sentindo que eu não daria conta de segurar, comecei a dizer algo, contei uma piada, para despistar. Na metade dela estava eu desabado em lágrimas. Ninguém entendeu. As pessoas em geral não compreendem. Almoçar em família para mim, ainda mais se for em silêncio, é muito difícil. Frágil momento apenas. Não se pode explicar isso, nem mesmo o que leva um jovem ter de ser atropelado antes do almoço. Talvez a comida daquele dia estivesse intoxicada. Vai saber o que é pior, não é?
Só sei que vida é mesmo coisa muito frágil.
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