sexta-feira, abril 14, 2006

.....................................

E se eu dissesse que te amo, hein? E se eu soltasse o verbo e nem pensasse nas palavras, no que elas fazem com o outro; então eu me esqueceria que uma dia tudo acaba e entregaria todos meus sentimentos, minhas armas; e então? será que seria o primeiro passo para que você me achasse imaturo e começasse a me querer só como um amigo?mas e se eu tentasse colocar dentro da sua cabeça que é tudo verdade e você pode me amar o mesmo tanto! e se me dissessem que no amor não há igualdade?
Não tem problemas, eu diria que eu sei, mas que sempre gosto de testar.
e então?

domingo, abril 09, 2006

[[[papel_amassado]]]

Como um escritor cansado, que desiste da sua obra incabada:
Ao me surpreender sentado em uma poltrona velha, como se ali estivese apenas deixando o tempo me passar, me ponho de pé, ando sem exitações até a janela e me lanço ao espaço, do 12 andar:
Nos 3 segundos seqüentes sou invadido por um turbilhão de sensações, um êxtase, uma falta total, um puro devir e

domingo, abril 02, 2006

_Felicidade_

De short e uma camiseta velha, o bigode de leite gelado, ao lado o copo duplo sujo de branco, rodopiando por sobre a cadeira giratória do computador, cantando uma música besta, imitando com as mãos o tocar de bateria, se pensando só no quarto, numa manhã fresca de domingo.
Pela greta da porta, eu vi.

_O_Curso_da_Dor_

Escuta meu problema!
Escuta: Se fecho os olhos eu consigo ver, passear pela geografia do teu rosto, do teu corpo, do teu corpo nu, dos teus arrepios. As imagens, fotografias do seu jeito de ser.
Escuta: Se eu fecho os olhos eu sei sentir o cheiro, o teu cheiro exalado do amor, do sexo, do banho. Escuta?
Escuta meu problema: Se fecho os olhos posso sentir todos os gostos, nossos gostos.

Solta! solta! solta!
Como é que solta?
A cada entardecer me apaixono por ti novamente.

Solto. Começo. Vai despregando como quando a carne rasga e separa a fibra da fibra da pele da veia do líquido do calor da cor e cai abrindo um espaço no vermelho rugoso. Estranho, porquê se fecho os olhos, ainda eu...
Desprega de um e prega em outro. Antes um agora... é o curso normal?

A cada entardecer me apaixono por outros "ti" novamente.
Domínio? Difícil, muito difícil, por que se fecho os olhos, as lembranças.
Mas vai despregando...soltando...doendo...caindo...mas é preciso guardá-las...aonde elas caem?
Escuta meu problema: Até quando é preciso ter lembranças? Até quando sou capaz de ir guardando, JOGANDO FORA DENTRO DE MIM, os momentos, os tempos. E são tantos, tantas, todos. São lembranças demais, já disse, pessoas demais. Eu nisso tudo: de menos.
Escuta meu problema: Preciso ser uma lembrança só. É que passa rápido demais e não consigo acostumar com os eus tão diferentes dessas várias recordações.

Mas vai despregando...soltando...doendo...caindo...e dói mesmo...e vai pregando novamente...
............................
............................
............................