quarta-feira, fevereiro 27, 2008

Havia fuga nos olhares.
era de vermelho, meu amor.
seus pés tão
Finos,
eram ossos,
e sobre que ossos eu te ergui?

Seus ângulos agudos,
rasgados,
eu sempre nos fôra,
mas o tempo
/ ______ /

a noite seria a gente
sereia.

Te daria meu espaço
pois seus ossos tão finos
me construiam

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terça-feira, fevereiro 26, 2008

Caio nas minhas gavetas
acordado estritamente pela tua voz

os panos molhados
minhas torções
todo o vidro pelo chão

estilhaços e douçuras

eu me teria salvado
mas seu sorriso e barulhos
/ eram dentes aquelas louças brancas? /
me jogam a quilômetros de distância

e novamente os vidros
o quebradiço
e tudo mais que eu poderia escrever nas suas
costas.

quarta-feira, fevereiro 20, 2008

Meus Florais

nossas rugas espalhadas pelo chão
micro recados impregnados
de palavras russas o amor.
te concedo telefonemas e
a vida correndo como quem
a chegada do fim.

minhas xícaras o café
caído e as janelas abertas
como quem gritasse lá
de baixo
pula!

pula!

pula!

segunda-feira, fevereiro 18, 2008

está paralizado como a velha sonata,
os loucos que se juntam sempre para
revivê-la.
Hoje ainda pela manhã
andava morta e assustadiça
com seus lustres empoeirados
e tinha sobreapego
mergulhos diários pelas paredes,
o olhar extremo da família
o cenho grave
a sala pronta
e o seu deusdeaço.

Queria não parar de tocar
com os seus ágeis dedosrefúgio.

sempre.

Para H.H.

Quebre-me os dedos,
e não adianta.
Corte-me a língua
e não adianta.
Tire-me o coração.
Acelerem os processos
e meus tacos soltos.
Tranque-me os cães.
Meus tanques
e o serviço diário de te amar,
Mas não adianta.
Há um sol dentro de mim:
Minhas cortinas ventiladas.
A garganta em frinchas
pelo direito de não estar.

quinta-feira, fevereiro 14, 2008

entre os ângulos da minha garganta estava você, honey.
pelo caminho
ali bem na beleza.
o nosso plexo minúsculo e
a vida impressa num guardanapo.