quarta-feira, outubro 24, 2007

pequenas confissões

É como no boxe,
Vivo sob a precisão de um soco.

Não tem erro.
o sono chega para todos
e lá terei meu respiro maternal
essa metade ancestral.

Pluie, tu peut pleurer sur moi?
Merci, t´est l´unique!
Et moi, laquelle que d´une forme ou d´autre aime et souffre mais aussi suis-je une petite rue qui n´a pas la fin.


A espiração.


Meu próprio traço. A inpiedade.

O calendário, meu auto-dia, meu auto-mês, essa via-expressa de amor.


e tudo mais

segunda-feira, outubro 22, 2007

sexta-feira, outubro 19, 2007

Os objetos não se limpam sozinhos
e numa velocidade lentíssima
sobrepõe-se o pó.
Como faço a cada respiro,
em cada explosão me torno
na sujeira mais ínfima
e é uma faxina estética!,
suas mãos detalhadas
neste escombro amontoado
em que me tornei.

De que tecidos são feitos meus mamilos?
Se esta pele se estendesse por
todo o corpo. Ah!

segunda-feira, outubro 15, 2007

A menina que se corrompe
chora.
Entra no seu quarto branco
liga uma câmera preparada,
chora.
essa mulher chora ao se ver
na televisão.
E num dia de festa
ela reúne todos na sala
como uma grande surpresa
exibe seu filme e
chora.

terça-feira, outubro 09, 2007

auto agradecimento

É pela experiência
que vivo o horror.
Encontro derivado de
todo o passado.
Descobrindo o cada
revelo-me. carrego.
Seja no meu multi-uso
no meu auto-estupro diário
nas pequenas mortes noturnas.
Eu quero sim palavras belas
Calma, não me culpo.
Inexata e insípida
como a minha chuva capilar
Desligado o dia mas
minha turbina transborda
amor.
E não me vale a imaginação
Quantos balões eu poderia ter enchido
com a minha respiração?
De onde virão minhas futuras?
É da experiência que vivo o horror.
Vivo minhas pausas.
__um expresso, por favor__

domingo, outubro 07, 2007

Numa brecha-beira.
foi no descuido, no vão de ar inútil
que me perdeste o amor.
dictando minhas vitórias,
o sustento essencial,
que descobri um
amorborda.
E não é fácil,
nem quero dizer que superei.
e sem mais pensar em ti
me volto a mim em dobro,
esse buraco.

e o que é a mentira?
Vamos, não é uma pressão,
é autopiedade.
Antes saber da imundice
humana e ir até ao fim.
Estou viva e escrevo.
Mas estou seca. Sempre fui
e o processo acelera.
Busco ao máximo o mínimo.
odeio as preposições, os conectivos, os "Ahs", os "Ohs"...
escrever torna-se difícil,
porque busco uma linha ininterrupta
porque dizer horrores me seria mais legítimo
porque fechar os olhos me seria a exatidão
traduzir o transtorno, minha quebra da comunicabilidade,
esse estilhaço de amor não é com letra.
É espaçocor, o submundo da criação.
porque morrer todo mundo sabe, mas ninguém entende,
ninguém entende.

quarta-feira, outubro 03, 2007

Rápido
não existe tempo pra expressar sentimento
não pode.
livre tradução de amor
apaga apaga apaga
intensa produção solitária

Oi
Oi
quem é você?
E você?
Acabou.

Ela caiu no mercado carregando vasos de flor
acabara de viver intensamente
__depois como nunca antes__

eu vai passeio circo

( em branco )

__________Recordação visual
em LIBRAS.
voz do coração