sábado, setembro 27, 2008

eram correntes brancas seus pés.
todavia.

tenia huecos mi cuerpo
quando a ameaça.

desmanchado na parede
em músicasons
estabilizado na queda
soube que poderia cair ainda mais.

mas o que cabe dentro de mim.

não existe tradução.

sexta-feira, setembro 19, 2008

115

era eu tumultuado
tomado d'escuridão.

não saberia dizer

sublevado
das pedras filamentos
chão sujo
e derramado em mescla podre
eu via o singelo de uma telha.

quantos mexilhões!

nas noites seguintes
corri
consumindo lágrimas em externo,
voei organizado.

era eu divulgado
na beleza aparente das coisas.
mas a nota deve voltar
inchando a música com ascendentes e descendentes.
Alto grau meu bem, alto grau.

Quem se move frente a mim?

Ah!, entrega recorrente!

sofro palavras na sua nuca,
sofro salivas,
sofro translúcido,
sofro correr o infinito em brandos ventos no rosto
menino que corre sem pés.

sofro não sofro e pleno.

aquilo era apenas eu tumultuado
fazendo a entrega,
voltando à tona como um carteiro.

Depositando na caixa 115
um amor sem abreviaturas,
amor por extenso.

terça-feira, setembro 09, 2008

minhas extensões

[ma memoire sale]

e vem AnaC, Mansfield, Plath, Pizarnik, Rimbaud, e tantos gestos quebradiços,
estruturas passageiras
no corpo dum poema
minha monocromania dispersa nas
flores tão pouco flores que insisto
no quarto.

Minhas extensões extremas derramam


vai bem devagarinho e psiu... delicadamente
deliberadamente tirando a febre,
os livros suicídio empilhados,
segurando o que dizem - olho no olho

rememorando todos os risos e sorrisos de uma vez...
os vinhos, as cervejas, os cigarros, os sons tão perversamente felizes
as vozes confusas, os apertados abraços, as texturas, pequenas coisas salgadas, vai, vai desfazendo, e haviam olhares, proximidades

nossas proximidades quentes
- o vício -

o fazer diário que me leva aos papéis de mentira
às pilhas imaginativamente altas
de onde eu um dia ei de pular.

segunda-feira, setembro 01, 2008

em todos lugaras a casa vazia
meu harakiri poético
do que eu preciso
Dá-me agora uma bacia repleta de água

um quase poema