domingo, maio 11, 2008

Quando eu chorei no teu dorso esparso
foi pra dizer delicadezas

das intransigências dos nossos corpos
de todos medos e impossibilidades
do teu largo riso fácil.

Encabulados pensamentos
nossa agressiva ossatura
de todo meu barulho no silêncio do olhares.

Quando pedi uma parte tua
foi pra não brincar de amor.

5 comentários:

Odradek disse...

Assis,eu gosto tanto do que e do como você escreve, que de tempos em tempos eu paro de ler.
Não é como em com romances, nos quais nos apaixonamos pelos personagens e adiamos o fim do livro temendo que eles morram com a última página. Porque os personagens sobrevivem nas re-leituras,como fotografias dos instatntes já vividos.Quer dirzer, isto para mim.
É que parece que eu vivo a minha e a sua escrita sem diferenciação.Quem viveu e escreveu isso? Eu, ele? Não sei qual de nós foi ao café ontem.E se somos mesmo dois.E olha que nem te conheço, e nem me conheço também....
O texto é lindo e delicioso, como sempre.

. Hugo Lima . disse...

"Quando pedi uma parte tua
foi pra não brincar de amor."

é perfeito!!

Renato Ziggy disse...

"de todo meu barulho no silêncio do olhares.

Quando pedi uma parte tua
foi pra não brincar de amor."

Assis, esses versos que destaquei retumbaram aqui. Foi como esse seu barulho no silêncio de olhares, feito explosão interna, contida, mas prestes a se tornar evidência brilhosa...

Ultimamente tenho sentido mais prazer em ler-te. E isso é bom, cara! Abraço!

Walmir disse...

pois este comentário vale também para o anterior. Gosto quando o poeta consegue captar o cotidiano insólito do amor através de sonoridades e impressões que só podem atingir a sensibilidade através do estranhamento que infringem à racionalidade.
Cada vez melhor sua poesia, mano blogueiro.
Paz e bom humor
walmir
http://walmir.carvalho.zip.net

dkrisp disse...

é sempre interessante ler o que vc escreve...
comove...
perturba...
desperta!