sexta-feira, agosto 29, 2008

tudo está calmo e suspenso

aquilo molhando meu rosto
era o texto que não consegui lhe escrever

o rabisco e todas minhas calamidades

Freqüentemente as pombas deixam de existir

sábado, agosto 23, 2008

Reminiscências

brota do ventre da minha cama
seu cheiroflor

carcome em seguidas dores
minhas valas
manifestação violenta
broca de amor

amor de aço
amor odio e aço
amoraço

onde o teu verso?
o reverso
o dorso largo
o chão em que trabalho árduo em respirações sufocantes
abafadiças

hoje meu ventre escreve em vão.

segunda-feira, agosto 18, 2008

Oh minha poesia vazia

o que eu canto?
por quem eu canto?

que cor tem na minha pele
pra qual lugar devo voltar
meu boi não passa de ornamento
em que ritmo batem minhas mãos

já não são interrogações
mas procura dos pés

O meu rito solitário
reinicia.

amor
o que me mata me move.

sábado, agosto 16, 2008

suas anti-mãos me florescem casas maiores
internas
farfalha a cortina da boca

as formigas invadem a madrugada
divagam pelo assoalho

a voz do piano saindo e
teus dedos quentes a me dizer
amores

domingo, agosto 10, 2008

epítome de quem sempre desejou o vôo

dá-se no meu ao longo
instantes entumecidos.

monomanias
de amor

a reicidência do meu reflexo
só me faz assusto

o afeto em casa parece estar
alojado
onde não se vê
a casador

.de mim para o outro.

No banho um flash,
ao entrelaçar dos braços, quatro, e um parabéns
olhos entumecidos e
aluo.

Até quando?
Quando o menino sairá do canto debaixo da mesa redonda?
e de lá um país novo
e quem são seus pais
e o que

.meus imprevistos tristes.

escritos internos

sexta-feira, agosto 01, 2008

Sobretudo aos temporais

sua chuva fina debastada

mantenho firme o pau da escrita, assim tosco, e
você a me rasurar.

lava! chuvisco teu
sou em tombos
um tropeço
de poça

estaca!

sobretudo aos temporais
que emprego minha escrita

suster com estacas um amor