quarta-feira, novembro 22, 2006

nada

eu quero uma imagem fixa.
talvez um som
a pele lisa rompe e jorra sangue
o concreto abre e nao sai nada

Um comentário:

Guilherme Côrtes disse...

vou tentar responder ao ponto que entendi...
não pense que isso é uma fala de quem toma a arte pra suas direções e valores... acho a imagem algo necessário, mas sem aquele ritmo de imagem o tempo todo, digo, um som contínuo que não muda... vejo muito isso no Machado de Assis, na maioria de suas obras. sabe moço, acredito também que a arte ta no coração de quem faz, não só de quem a recebe, e aí que ta a beleza da coisa toda, no final das coisas ela visa apaziguar mais de um coração, não a sufoque, é bonito ver alguém (você) e perceber uma liberdade extrema ao escrever. me pego na maioria das vezes insatisfeito também, sou adolescente, tou naquele turbihão de sentimentos... isso aí que você escreve é maduro, bonito de se sentir, e então muito obrigado, por compartilhar essas visões e confidências. acalme o seu coração, é do tempo que as coisas se encaixam, as regras foram feitas para serem quebradas.
também é um desabafo, não ligue tanto para os meus pequenos-meios-conceitos, rs...
um abraço forte.