quarta-feira, junho 11, 2008

Sentir seu espaço onde minhas pétalas frias se escondem na turbulência incompleta dos afazeres domésticos e os sonhos silêncios que te imponho em sorrisos alongados e memórias matutinas de nossos corpos nus pedindo afago e não a dor__ninguém seria capaz de deitar o mundo todo em prazeres tão tênues como tenho arriscado__

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nossos corpos pontilhados
meus perigos diários
abortos espontâneos da contemporaneidade: pulo diariamente de prédios impressionantes do centro da cidade

caio brando: único vestígio nas elevadas janelas: não sofro

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meu coração é um botaréu


cuidar de ti é zelar pelo mundo
cuidar de mim é amamentar o universo

[ sinto estar pronto frente ao desconhecido ]

não se morre a quem já se matou

3 comentários:

Walmir disse...

bonito poema de desesperada esperança, mano blogueiro.
Só que na minha incerta lente, sei que sabemos mais da dor que das felicidades. Até Danta, lembra, descreveu o inferno em minúcias enquanto do céu disse apenas que é lugar de bem aventuranças.
paz e bom humor, sempre.
Walmir
walmir.carvalho.zip.net

Renato Ziggy disse...

"cuidar de ti é zelar pelo mundo
cuidar de mim é amamentar o universo"

Cara, eu senti uma verdade-brilho nesses seus versos... vale a pena amar! Abraço!

Renato Ziggy disse...

e uma observação, meu caro: seus versos estão cada vez melhores!