Expulsa!
Eu te debrucei meus líquidos,
os ossos laterais.
Quando você me vinha abrir portas - e era concreto armado o que eu mastigava com tão pouca clareza - eu me vestia toda a casa.
Esfarinho sentimentos pelo muro de espaldas!
Cascalha pelo chão remorso teus socorros
e esfrega amor pelas frestas
para que retorne sem esforço
aquilo de te ter não ter e ter.
quarta-feira, julho 30, 2008
sexta-feira, julho 25, 2008
do Lat. adorare
Ama-me longo
rabisca minhas costas mais
toda minha extensão
meus braços que duram muito
rabisca-me.
suja meus rios com tuas mãos
em negrito.
Roçaga-me o sol das tuas pernas
e brada noites.
ocorre que minhas águas
transtornam em abundância
e turvo fico eu.
Rabisca mais, que meu corpo é
muita página e quando chegares
ao homem debruçado
intacto em pleno silêncio
Beija! Beija!
Dê a si o direito a morte
Ama em extremo!
rabisca minhas costas mais
toda minha extensão
meus braços que duram muito
rabisca-me.
suja meus rios com tuas mãos
em negrito.
Roçaga-me o sol das tuas pernas
e brada noites.
ocorre que minhas águas
transtornam em abundância
e turvo fico eu.
Rabisca mais, que meu corpo é
muita página e quando chegares
ao homem debruçado
intacto em pleno silêncio
Beija! Beija!
Dê a si o direito a morte
Ama em extremo!
quinta-feira, julho 24, 2008
segunda-feira, julho 14, 2008
compondo
intempestuoso amor
e o sol queimando tarde
pergunto a mim se um dia tudo se tornará comum
e peço que não
que o adocicado do seu corpo,
didascália perversa,
neve no andino ponto da minha carne.
mas se por acaso enlutar
de toda a raiva e ódio
um grito seco
cu
pedaço de boca na bunda
estremecidos lábios e veias luminosas
esse amar em extremo
esse estiolar de si para o outro.
prelúdios infinitos
e o cerne no oposto
das suas costas
sempre a me implorar escaladas
a noite gélida a queimar
os dedos frágeis do amor
nada mais: poucas notas
acabo como os peixes estripados pelo amor humano
intempestuoso amor
e o sol queimando tarde
pergunto a mim se um dia tudo se tornará comum
e peço que não
que o adocicado do seu corpo,
didascália perversa,
neve no andino ponto da minha carne.
mas se por acaso enlutar
de toda a raiva e ódio
um grito seco
cu
pedaço de boca na bunda
estremecidos lábios e veias luminosas
esse amar em extremo
esse estiolar de si para o outro.
prelúdios infinitos
e o cerne no oposto
das suas costas
sempre a me implorar escaladas
a noite gélida a queimar
os dedos frágeis do amor
nada mais: poucas notas
acabo como os peixes estripados pelo amor humano
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