era eu tumultuado
tomado d'escuridão.
não saberia dizer
sublevado
das pedras filamentos
chão sujo
e derramado em mescla podre
eu via o singelo de uma telha.
quantos mexilhões!
nas noites seguintes
corri
consumindo lágrimas em externo,
voei organizado.
era eu divulgado
na beleza aparente das coisas.
mas a nota deve voltar
inchando a música com ascendentes e descendentes.
Alto grau meu bem, alto grau.
Quem se move frente a mim?
Ah!, entrega recorrente!
sofro palavras na sua nuca,
sofro salivas,
sofro translúcido,
sofro correr o infinito em brandos ventos no rosto
menino que corre sem pés.
sofro não sofro e pleno.
aquilo era apenas eu tumultuado
fazendo a entrega,
voltando à tona como um carteiro.
Depositando na caixa 115
um amor sem abreviaturas,
amor por extenso.
Um comentário:
a beleza aparente no sono calmo e seguro com que me deita..
e a carta a quatro mãos vai sendo escrita.
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