terça-feira, janeiro 20, 2009

para que - se um dia eu me esconder - você possa me encontrar...

...tolerando memórias,
e futuros.
a cada vez que conheço o mundo
acabo

esmiuçado


[Ontem contei,
Contei tudo que via pela frente
cheguei a contar areia, contei também os pêlos do tapete, depois as letras de um livro grosso, fui contando, os cabelos caídos no chão, contei números decifrados, contei as miligramas das coisas - minha habilidade era tamanha que não perdi e nem errei uma conta - e na hora de dormir contei escuridões a cada vez que cerrava os olhos, muitas.
De nada adiantou,
parecia haver em mim uma tromba d´água. Não, era maior, devia ser um mar revoltado, ou talver fosse maior, era uma catástrofe. E ainda não era aquilo, era deveras muito maior, uma hora achei que fosse Deus zangado]

debaixo da mesa.

2 comentários:

Fabiano Rabelo disse...

e mesmo assim que mais se pode fazer senão conhecer o mundo?

Anônimo disse...

e o mundo continua, com ou sem as trombas d'águas e deuses zangados.