domingo, setembro 30, 2007

Não tem jeito: a gente sempre dorme
volto à escrita
e eu que pensava dormir em sossego.
a ardência dos nomes
o resto da sobrevida de amor
minhas louças íntimas
empilhadas de dor
a soltura dessas dobradiças
oh! que frouxidão interna.
que sono dá não parar de pensar
qualquer coisa me chame,
estarei deitada sobre minha pele.
oh

sexta-feira, setembro 28, 2007

ligeiro

como se respira?
se eu fosse som do peito, ah!
minhas pedras doem meus pés
os cabelos crescem como se
como se
me chegassem aos postes.
corrente de ar os cabos de alta tensão
me venta, se eu fosse som do peito.

ligeiro pacto.

sexta-feira, setembro 14, 2007

O que se passa me é sempre futuro
troca de lugar
e o que isso representa?
Uma cama lisa tenra,
os almoços lá de casa
a dor paralítica de um quadro.
Mesmo um quadro imóvel que troca de lugar,
essa música repetidamente.

Minhas lembranças ainda acontecerão.

quarta-feira, setembro 12, 2007

interminável

Não te assuste
porque as folhas caem
porque eu não me assusto
quando me caem as folhas enfileiradas das costelas