Eu me despeço da vida
como quem faz o poema.
Como você jantando e
minha vontade de estar nas tuas
imagens.
As flores semi-tons.
O final de tinta e nossa
desimportância
anunciam a eternidade
da memória
onde minhas rosas
tinham nosso amor
e tinham linhas amadurecidas
nossa colcha repleta de ternura
Mas os espaços e os furos
Eu me despeço da vida como
quem janta com ferocidade.
E suas mãos enfraquecidas forçando
o poema,
os talheres,
o silêncio,
nossa foto
antes nunca tirada.
4 comentários:
gostei daqui.
Não se despeça da vida não, "eu-lírico"! Fale mais sobre vc, só pra gente ter o prazer de voltar sempre... =]
Ai que dor, menino!
Mas fico com o disco do Pixinguinha, sim ?
O resto é seu
.
Devolva o Neruda que você me tomou
E nunca leu
..
Aquela esperança de tudo se ajeitar
Pode esquecer
...
Aceite uma ajuda do seu futuro amor
E a leve impressão de que já vou tarde
(...)
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