terça-feira, março 04, 2008

Havia uma mulher e
suas paredes.
havia velocidade na decisão,
sons esparsos e
escuridão.

Um toque tosco de mãos alheias.

Era para si o acabamento da casa
e havia um lençol de tristezas.

Deus, tirar-me a vida agora me seria injusto.
Nunca haveria de mudar,
e era aceito,
de tudo só as coisas menores.

Entre toda a roupa suja da casa ela sentia:
Deus, entendi tudo e
talvez
devesse morrer.

2 comentários:

Odradek disse...

Mise en abyme da psiquê feminina ou um espelho para a leitora ideal.

Anônimo disse...

belo - como tudo em ti - arranjo de palavras.
parabéns.