Tirei minhas escamas e deixei de ser peixe
Tirei meus pêlos longos e deixei de ser cão
Virei gente e perdi meu olhar camaleão
Inventei de voar
Fui várias profissões
Dormi dias pelo chão
Larguei família
Inventei
Tive filhos
Matei um presidente
Percorri países
Trouxe muitos souvenirs
Quebrei espelhos
Me joguei de pontes
Perdi documentos
Então depois você me diz que não.
terça-feira, abril 29, 2008
quinta-feira, abril 17, 2008
Minha Ventania
Meu consumo próprio,
corpos semblantes
revoada de pássaros
teus cabelos frescos desempedidos
nossas tecnologias pra falar de amor
tenho vivido no olho do furacão
e é tão bom perder-me nos teus
sopros.
corpos semblantes
revoada de pássaros
teus cabelos frescos desempedidos
nossas tecnologias pra falar de amor
tenho vivido no olho do furacão
e é tão bom perder-me nos teus
sopros.
segunda-feira, abril 14, 2008
te escrever
Não caibo mais em mim
e onde eram as tristezas dos suicidas
agora a delicadeza do teu corpo abrupto
as tuas montanhas
tuas gotas enxarcadas
pedacinhos de papel
te levo pra chuva
deito nos teus ouvidos
um texto de amor
escolho as palavras mais incondicionais e as despejo poro por poro, em cada área calculada pelas minhas mãos trêmulas pelo êxtase de ti e quando na luta de corpos eu chegar na sua fortaleza suas costas-cor eu te abraço e nossos longilíneos segmentos se encontram simples
Então te mostro o mundo
o chôro, os ventos,
a beleza que há em te ver dormindo
tentarei te escrever a vida pelo mundo ao
meu lado.
e onde eram as tristezas dos suicidas
agora a delicadeza do teu corpo abrupto
as tuas montanhas
tuas gotas enxarcadas
pedacinhos de papel
te levo pra chuva
deito nos teus ouvidos
um texto de amor
escolho as palavras mais incondicionais e as despejo poro por poro, em cada área calculada pelas minhas mãos trêmulas pelo êxtase de ti e quando na luta de corpos eu chegar na sua fortaleza suas costas-cor eu te abraço e nossos longilíneos segmentos se encontram simples
Então te mostro o mundo
o chôro, os ventos,
a beleza que há em te ver dormindo
tentarei te escrever a vida pelo mundo ao
meu lado.
sábado, abril 12, 2008
eu te desenhei flores
no corpo arisco
e hoje é minha
a tarefa de recolher as pétalas
e os botões que me florescem
pelos dias na confusão das nuvens
sim, e o largar-se gostoso do amor:
a manhã pedindo a tarde
a larva pedindo a borboleta
a gota pedindo a corredeira
a faca pedindo a carne
um beijo pedindo outro
os loucos pedindo o suicídio
e eu que te limpando as folhas mortas
desenhava um corpo agudo, a felicidade,
sobre seus pés pedindo o mundo
no corpo arisco
e hoje é minha
a tarefa de recolher as pétalas
e os botões que me florescem
pelos dias na confusão das nuvens
sim, e o largar-se gostoso do amor:
a manhã pedindo a tarde
a larva pedindo a borboleta
a gota pedindo a corredeira
a faca pedindo a carne
um beijo pedindo outro
os loucos pedindo o suicídio
e eu que te limpando as folhas mortas
desenhava um corpo agudo, a felicidade,
sobre seus pés pedindo o mundo
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