segunda-feira, março 16, 2009

esquírola,

essa abstração na garganta.
lasca de osso,
esse entendimento poético.


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incompreensões à parte,
me fura novamente, não sopra e sai,
desde muy pequeña descobri morrer.

estilha de gente, na rua, na cama, no quentecalor e sol.
cavaco de mãe, de vó, de gente doente na rua, na cama, no quentecalor e sol.
sopapo no queixo, armábrindo gente na rua, na cama, no quentecalor e sol.
meus dedos dormentes, é gente sem dente, estupro nem tentecalor e sol.

não tenho papel, não tenho caneta, não sei escrever nem calor nem sol.
se rabisco a parede, vem da esquírola no meio das pernas, me sai pela pele:

calor e sol
calor e sol
calor e sol
calor e sol

2 comentários:

ֹmarcos coletta disse...

papel? para os que tem corpo e calor? deixa arder..

Anônimo disse...

ardi... pleno
até o fino desse pedaço que me ocupa
sem querer sair