sexta-feira, março 27, 2009

um ralado

doce como deve ser doce um
estupro,
um soco em rocha,
um afundar com profunda força em travisseiros de hotel,

um dente de leão quebrado,
sem voar, que ventado
sai rodando o chão
sem vingar alturas
como um ralado
pedaço de pele
rabiscado de sangue

ou um dente de sangue
rabiscado de leão,
um estupro doce,
um planejar a vida,
um corte de faca cega,
uma blusa no varal,

um filho distoante.

Parece assim,
pareço.

2 comentários:

ֹmarcos coletta disse...

mas não admitemos alturas não vingadas..

...

"Antes, o cotidiano era um pensar alturas
Buscando Aquele Outro decantado
Surdo à minha humana ladradura."

é hilst q escorre...

Anônimo disse...

o "Improvável" tá de casa e cara nova! continue acompanhando em:

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au revoir