Sou uma corrente de ar e deslizo por-entre-sobre tudo.
Minha vontade é infinita;
Sou as estradas invisíveis dos aviões.
Minha força é atômica e desenho no espaço aberto sem deixar escrituras
Só podem me sentir, mas se ver é um sentido por que não me vêem?
Minha cor é não-colorido, mas tenho coração.
Se anoitecer, sou tão rápido que fujo
Meu legado é não ter intenção.
Será? Até finjo me acreditar...Preenchido de uma paz que inunda
Meu quarto novo.
Sou solto demais, bóio numa gelatina prazerosa e amoleço as paredes [com o]
Movimento natural da respiração.
Sou o ar comprimido da contração-dilatação, diafragma do universo.
Me incrusto nas vias cimentais, sentimentais, da estrutura forte que [chamamos “concreto”]
Sumo
Misturo
Saio
Medito
Sigo, pois minha vontade é infinita
Meu ciclo é infindável
Sou as estradas invisíveis nos céus dos aviões, e
Meu coração é
Seu.
2 comentários:
assim vc me mata, amor: e "nos braços de alguém eu morro toda"
amor, assim "eu me transfiguro em energia que tem dentro dela o atômico nuclear"
perco no mesmo segundo a partida-chegada desse trem que nem sequer apita um adeus antes de partir da estação.
[agora só vou mesmo é indo]
preciso te mostrar um texto, amor.
e sabe o que eu descobri agora a pouco? que "a poeira é filha das coisas"
merda cara!
vida louca, vida maluca
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