sábado, abril 12, 2008

eu te desenhei flores
no corpo arisco
e hoje é minha
a tarefa de recolher as pétalas

e os botões que me florescem
pelos dias na confusão das nuvens

sim, e o largar-se gostoso do amor:

a manhã pedindo a tarde
a larva pedindo a borboleta
a gota pedindo a corredeira
a faca pedindo a carne
um beijo pedindo outro
os loucos pedindo o suicídio

e eu que te limpando as folhas mortas
desenhava um corpo agudo, a felicidade,
sobre seus pés pedindo o mundo

Um comentário:

ֹmarcos coletta disse...

um comentário pra nem comentar... e precisa? ah..